quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O cravo brigou com a rosa...


O jeito de ser da sociedade havia determinado o jeito de se aceitar mulheres no ambiente de formação teológica.

Houve brigas direcionadas ao não término dos estudos: “para quê se formar, se não há possibilidade de atuação?” A igreja deixa às mulheres a tarefa de procurar campo de trabalho que as aceite, e as comunidades (não sem medo, nem sem titubear) disseram: sim!

Algumas estudantes de teologia quiseram saber mais da prática das pastoras que as antecederam em campos de trabalho. Os encontros de pastoras e estudantes de teologia proporcionavam a conversa, a cumplicidade. Os relatos de experiências fortaleciam quem ia se formando.

Surgiram situações pessoais que foram modificando o que se esperava das mulheres. Casamentos com colegas, mulheres solteiras que assumiam paróquias. As orientações da instituição eclesiástica não era diferente da orientação familiar da época: “vá com seu esposo!”

O paternalismo da estrutura fomentava o sentimento da “pequenez” e da infantilidade: ao mesmo tempo em que deixava às mulheres a tarefa de procurar campo de trabalho que as empregasse, direcionava as comunidades a esperarem um papel “mulheril”: trabalho com crianças, estética do templo, da vestimenta pastoral, o envolvimento com música e com trabalhos manuais. E, principalmente, maternal e simpática.

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