quarta-feira, 21 de outubro de 2009

... as rosas não falam... simplesmente as rosas exalam...



Por muito tempo as mulheres juntavam ao seu trabalho, a carga do silêncio. O jugo da interpretação do texto paulino que indica o silêncio às mulheres, era seguido como papel feminino. Mas o trabalho e os recursos estavam sempre presentes.

Diferente dos corais de outras igrejas evangélicas – com quatro vozes masculinas – os corais luteranos sempre contaram com vozes femininas. A OASE, Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas, fomenta a organização das mulheres a mais de 100 anos.

Assim como bens e objetos sempre foram disponibilizados por mulheres para o trabalho de Jesus, também o foram para o trabalho em comunidades.

São muitos os relatos de ajuda ao início de comunidades, de hospitais, de asilos e de orfanatos. Mulheres que se inseriam no trabalho, porque “não trabalhavam”. Mulheres que romperam com o status quo, porque “não havia outro jeito”.

Diferente de relatos europeus de tripudiação do saber feminino, na caça às bruxas e no impedimento à educação, a falta de alternativa obrigava as comunidades a aceitarem o saber das mulheres, a contarem com sua ajuda e sua disponibilidade diante das dificuldades do “novo mundo”.

O referencial teórico, tão difícil para sociedades tradicionais do velho mundo, se tornava ferramenta óbvia para quem quisesse sobreviver nas facetas de um mundo que se apresentava dócil, mas era cheio de revoluções e de revoltas que mataram a maioria masculina antes do tempo.

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