
Há cerca de 50 anos, mulheres tinham um papel bem definido na sociedade. Muito mais em nossas comunidades evangélicas de tradições européias.
Na definição de papéis, à mulher era destinado o espaço da diaconia: servir à igreja, com seus dons e com a prática da assistência social. Diante do Estado que não provia recursos assistenciais, eram as igrejas que assumiam tais tarefas.
A ênfase do trabalho com mulheres acontecia em grupos exclusivamente femininos, salvo a figura masculina do pastor, que detinha a sabedoria e a partilhava em pequenos momentos, sempre na postura ensino-aprendizagem. Não deixava de ser uma educação bancária, misto de escola para pessoas adultas e conservação de tradições.
Assim como no cotidiano, as mulheres até faziam contas administrativas em Paróquias, mas a responsabilidade civil era do marido ou do pai ou do irmão: eram os homens que assinavam os “livros de contabilidade”, ou os “livros de ata”.
A entrada das mulheres no mercado de trabalho foi modificando as muitas tradições.
Tinha-se notícia que, em mercado pós-guerra, justamente nas “comunidades-mães”, mulheres desempenhavam em igualdade oportunidades de trabalho. Também começou a acontecer igualdade no grau de escolaridade.
A igreja começou a ter, em seus presbitérios, cargos oficialmente ocupados por mulheres. E outras mulheres começaram a buscar estudo também em área de teologia.
De início, das mulheres se esperava a continuidade do papel desempenhado dentro das casas, em suas famílias: o zelo com os detalhes, com a estética, e com a higiene fariam com que o ambiente masculino dos debates teológicos não os tornassem descuidados. Definição de papéis é algo intrínseco a qualquer organização. O cumprimento desses mesmos papéis é que nem sempre acontece.
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