Na minha primeira paróquia, eu tinha a impressão de que o povo tinha todo o tempo do mundo. Parava tudo para ir a enterros, a casamentos. Feriados eram bem desfrutados. Visitas eram marcadas e se ia com toda a família...
Como eu vinha de um contexto de cidade pequena, isso não me era comum.
Mas... era só vir a época de safra e... era um deus-nos-acuda.
Ninguém mais tinha tempo para nada. Noites eram "viradas" em plantões de filhos, filhas, pais, mães, avôs, avós e quem mais tivesse com disposição para "pegar junto".

Ah, essa época de safra. Dá um trabalho!
Se em outras comunidades, as celebrações me faziam percorrer distâncias em tempos absurdos, e celebrar com muita comida todas as noites (ui, meu estágio!), aqui o telefone é constante, as visitas são pedidas e a conversa pastoral (o termo em alemão é tão lindo: "cuidado da alma") vira noites e dias.
Sei que nos próximos meses, serão poucos os momentos tão intensos como os dessa semana. Foi a safra! Diferente de safra agrícola, o que me move não é o retorno financeiro que virá nos próximos meses. É uma safra de gratidão: Deus nos deu vida comunitária até aqui, nada melhor que vivenciar isso de pertinho!
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