Nossa reflexão busca da Bíblia (sola scriptura) o entendimento para a prática de inclusão de pessoas homossexuais nas comunidades da IECLB. Esta inclusão não pode estar sujeita a liberalismos de opinião, não aprofundadas nos conhecimentos científicos atuais, em repetição de fórmulas religiosas literárias, nem a casuísmos de esta ou aquela comunidade (irmão de presbítero pode, mas um desconhecido não). Ao entendermos que, pela fé (sola fide) podemos nos perceber irmãos e irmãs, sujeitos ao pecado, mas dispostos à comunhão que é dada por graça (sola gratia) por Deus a nós, sem mérito nosso. A nossa vivência de comunhão – com Deus e com o próximo – é que nos dá a certeza do amor de Deus em nosso meio.
Bíblia
As comunidades cristãs retratadas nos 4 Evangelhos não falam de homossexualidade como o movimento de Paulo o fez, em seus escritos. Enquanto as comunidades de Marcos, Mateus, Lucas e João parecem focar em outros problemas de convivência humana (onde a justiça e amor são temas óbvios), já Paulo vai transferindo sua própria cultura às novas comunidades. São traçados comportamentos específicos, por exemplo, para mulheres (1 Coríntios 14.34; 1 Coríntios 11. 5-6) . Paulo também apresenta a forma de convívio que lhe era perfeita, dada a sua cultura. "Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo... Porque, na verdade, o homem não deve cobrir a cabeça, por ser ele imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem. Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem... Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade." 1 Co 11: 3,7,8-10.
Pode haver também em Paulo uma releitura da cultura grega – Paulo é um homem que vive um mundo Greco-romano com afinco (é soldado, escreve grego). A homossexualidade nessas duas culturas definia níveis de poder masculino: os nobres gregos podiam se utilizar dos rapazes até criarem barba (e isso certamente denota um forte caráter de pedofilia ); os romanos, como prova final de conquista a algum povo, além do estupro às mulheres, estupravam os homens prisioneiros de guerra. Temos que levar em conta como as relações homossexuais nas comunidades Greco-romanas eram concebidas e porque Paulo se debate tanto com elas. A condenação do corpo é assunto constante para ele, e ele elabora de maneira especial em Romanos 7. E sabemos que ele mantinha atitudes de autopunição para que não corresse o risco de perder sua salvação (1 Coríntios 9.27 Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado).
Paulo tem também em suas raízes a cultura hebraica. No Antigo Testamento, em contextos de discussão sobre pureza e impureza, os comportamentos em geral, também sexuais, faziam parte da lei do Antigo Testamento – em Gênesis (Gn 19, 1-11), Levítico (Lv 18,22 e 20, 13), Juízes (Jz 19,22-30). O mínimo que disso se constata é que a homossexualidade já existia, desde o Antigo Testamento. Mesmo assim, é bom destacar que o grande pecado de Sodoma e Gomorra, se lido com atenção, não eram os “bacanais” que ganharam destaque no Cinema e na retórica evangélica, e sim a falta de hospitalidade daquele povo. Aos nossos olhos hodiernos, a oferta de Ló em entregar as suas duas filhas aos homens que batiam à porta, soa como violência paterna. E deveria, isso sim, provocar manifestações contrárias em nossa cultura. A exclusão de pessoas (não merecedoras de inclusão em bênçãos, vida em comunhão plena) é, essa sim, atitude “sodomita”. E se essas pessoas forem “anjos”?
Mesmo a epístola de Tiago, tão “problemática” para Lutero, nem de longe cita a homossexualidade. Outras cartas, outros livros da Bíblia focam tantas outras situações no convívio comunitário que, seria uma estupidez total, tornar a discussão sobre homossexualidade, bênção a homossexuais, sacerdócio de homossexuais, algo que dividiria a igreja, algo central na discussão de pessoas cristãs.
A dificuldade na aceitação de pessoas homossexuais torna visíveis as diferenças na interpretação e na vivência do Evangelho. É compreensível que a sociedade hebraica estivesse preocupada com relações sexuais que produzissem mais gente. O “povo eleito” precisava ocupar a terra, precisava gente que substituísse gente que tombara em batalhas pela conquista da terra. A história de Tamar revela os múltiplos pecados dos irmãos que não procriaram (um jogava sua semente no chão! Gênesis 38). Descendentes sanguíneos (Ruth é exceção) são a garantia do sustento na velhice, são o apoio da sociedade para desamparados (órfãos e viúvas). A homossexualidade não gerava filhos e filhas e, portanto, não servia para a sociedade de Israel – era algo como trair a expectativa do clã. A Bíblia relata e sinaliza vários problemas de ordem sexual. Davi e Batseba(2 Samuel 11), as filhas de Ló que se deitam com o pai para gerar descendentes (Gênesis 19). Tais situações não são novas dentro da história da Bíblia, mas são relidas. No Novo Testamento, mais uma vez o assunto vem à tona, quando Jesus ressuscita o filho da viúva de Naim (Lucas 7.11-15), restabelecendo a dignidade e o amparo à viúva.
Evangelho proclamado é Evangelho que acolhe, lança fora o medo e provoca mudança na ética, no cotidiano. Deixa claros os relacionamentos, transforma-os pelo amor e pela comunhão. Por exemplo, alguns “crimes sexuais”, quando mulheres – e só mulheres (sic!) – podiam ser mortas por “legítima defesa da honra” no Brasil, só puderam ser denunciados ao se estudar textos como quando Jesus se depara com a situação da mulher “adúltera”, em que diz claramente: “quem estiver livre de pecado atire a primeira pedra” (João 8.7). Paulo pode, sim, estar denunciando pedofilia, pode estar denunciando abuso de poder, pode estar denunciando violência ou falta de higiene. E por isso mesmo, Evangelho precisa ser lido em profundidade e amor.
Tornar pessoas homossexuais, por si só, não merecedoras da graça de Deus é algo abominável, uma vez que solidariedade, amparo, sustento na velhice ou nas dificuldades, hoje em dia, são comuns a cidadãos e cidadãs – qualquer seja o gênero ou a orientação sexual. A centralidade do Evangelho é a justiça e a dignidade que não se atém a vínculos sanguíneos. O Reino de Deus é anunciado para que haja transformação em nossa vida já aqui, de maneira a revelar poderes que não trazem vida. Novas formas familiares dão conta da adoção de crianças e adolescentes em situação de risco, inclusive, por pessoas homossexuais. Há uma frase que resume essa forma de atuar diretamente na educação e amparo de outras pessoas: “melhor dois pais do que nenhum”.
Condicionar a bênção de Deus à orientação sexual é exercer um poder sobre a vida da outra pessoa, que só Deus tem. Práticas sexuais de pessoas homossexuais acontecem também em relacionamentos heterossexuais: qual é o problema, então, que a Bíblia nos traz?
IECLB
Há muito tempo a IECLB, igreja inserida na cultura brasileira, entende a equidade nas relações de gênero.C É interessante que, do mesmo movimento de Paulo, lemos, em Gálatas 3.26: “Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”
A ordenação feminina ainda hoje fomenta discussão entre as grandes igrejas cristãs. Em nossa igreja de Confissão Luterana no Brasil e em tantos outros, não só ordenam-se mulheres como “ministras”, como também há um grande número de mulheres que “carregam” as comunidades. Mesmo assim, a leitura que se faz quando há ausência de mulheres em alguns fóruns decisórios é a de falta de oportunidade ou de cunho cultural. Outras “sociedades”, que nos vêem de longe, denunciam essa ausência como uma violência institucional contra mulheres.
O Evangelho que anunciamos nos coloca contra a parede, porque, nas palavras de Jesus, não só palavras e ações são “pecaminosas”. Em Mateus 5. 21-26 lemos: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.”
A exclusão de pessoas diferentes a uma e outra orientação, seja ela sexual ou não, não as deixando tomar parte na comunhão de filhos e filhas de Deus, pode ser uma obediência a Levítico, a Romanos, a 1 Coríntios, mas é uma temeridade se entendemos o Reino de Deus como anúncio maior de Deus que é Amor (1 João 4.8: “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor), ou se pensamos nas categorias que fazem parte do anuncio do juízo final (Mateus 25.34-36: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.
Como evangélicos de confissão luterana também diremos que nada de bom sobrou na natureza humana (Romanos 3.23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus). Nenhum relacionamento – por si só – nos habilita a sermos mais “santos”, menos “santos”. Somos santificados somente pela graça de Deus. Assim também, o que nos torna pecadores e pecadoras é o pecado que já nasce conosco (Confissão de Augsburgo) e não essa ou aquela orientação sexual. Sexo sempre é pecado, também em relações heterossexuais, quando o poder e a violência fazem parte. O exercício da sexualidade sempre é graça, já que faz parte da Criação em sua totalidade.
A salvação de Jesus Cristo habilita uma nova “formatação” de nossas vidas, não por nossas atitudes, nem por nossas “causas”. Apenas por sermos chamados e chamadas por Deus. No Batismo, Deus não coloca restrições na sexualidade das pessoas – mas nos posiciona em uma outra relação parental: já não somos estranhos uns aos outros, mas somos irmãos e irmãs – linhagem concebida pelo amor de Cristo e partilhada no cálice da salvação. A justiça e o amor são o legado dado por Cristo – e não o anúncio de juízo por conta de nossas afetividades diversas. O mesmo Paulo elabora em Romanos 8.28:“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
Com toda a discussão sobre matrimônio (originalmente para zelar pelo direito da mater/mãe), com toda a discussão sobre casamento (onde uniões civis são consideradas como tal, colaborando para que direitos de pessoas homossexuais sejam respeitados principalmente na divisão de “patrimônio”) é necessário perceber orientação segura para que não sobrecarreguemos o Evangelho com nossa cultura, com nossas perspectivas de certo e errado também nos relacionamentos. União de pessoas – independente de seu gênero ou orientação sexual – acontece quando há reconhecimento afetivo do outro, e precisa ser sempre “reinventado” para que não caia nas amarras de relacionamentos que usam a subjugação e a dependência de pessoas, com o argumento de ser uma questão cultural.
Ao lermos Mateus 5.29, descobrimos que o “desejo impuro é adultério no coração”. São palavras diretas contra o divórcio. Dentro da cultura hebraica, o divórcio colaborava com a desassistência a crianças e mulheres. Já Paulo usa o juízo rápido: em 1 Coríntios 6.9, condena “os ladrões, os adúlteros, os homossexuais”. Ora, nossa igreja abençoa a “segunda união” de casais, já que entendeu que, culturalmente, não temos as mesmas dificuldades que hebreus . E no Brasil, o presidente que assinou a lei de divórcio era Luterano – talvez porque ele não precisou se submeter à posição da Igreja Católica Romana.
A homossexualidade, em si, não é condenada pela medicina; não é considerada “perversão” pela psicologia. Não há uma unidade científica sobre sua origem (genética, social, cultural, psicológica). Muito se estudou, nada se concluiu. A única certeza é que não é uma “escolha” da pessoa e por isso mesmo não podemos dizer que a pessoa está se submetendo ao pecado. Se a igreja condenar a homossexualidade, estaremos repetindo erros como o da igreja antiga, ao condenar Galileu , que contradizia a Bíblia ao defender que a Terra era redonda. Estaremos próximos à prática de Testemunhas de Jeová, que usam determinados textos bíblicos para não permitirem a transfusão de sangue. Homossexualidade não é “perversão”, nem “doença”, nem “opção”, nem “distúrbio”. Pode se manifestar em violência, discriminação, “bulling” social quando pensada e rotulada como tal. Homossexualidade é uma orientação sexual, presente inclusive em relações de animais.
A homossexualidade não atrapalha a fé, mas nossos conceitos, estes atrapalham sim. Pessoas homossexuais podem viver na “fé (que) produz novidade de vida”(2 Co 5.15-19), e “os frutos do Espírito” (Gl 5.22-26: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança) pois estes aparecem na vida de qualquer pessoa, independente de sua orientação sexual. A ética de nosso cotidiano precisa testemunhar tais valores do fruto do Espírito – e não viver em exclusão baseada nas culturas antigas de clã e tomada da terra.
Podemos condenar a violência e o desrespeito. Podemos concordar com Paulo e condenar práticas de pedofilia comuns nos “ginásios” gregos e estupros de guerra. Podemos condenar o desamparo de crianças ante o divórcio de seus pais e mães. A igreja que legitima, atualmente, uniões de “não-virgens”, ou de “divorciados” fica estarrecida diante de uniões homossexuais?
Família
Jesus denunciou o patriarcalismo com sua própria vida. Nasceu de uma mulher sozinha, a paternidade foi assumida somente depois da intervenção direta de Deus com seu anjo; foi participar da vida do Templo sem ter pedido "permissão" à família, e inaugurou um novo tempo também nas relações "familiares". Tanto que nós nos chamamos de irmãos e irmãs sem nenhum traço de sangue, nem de etnia, nem de qualquer outra "linhagem".
Ainda hoje se fala da grande crise da sociedade humana desde que mulheres foram consideradas iguais aos homens. Também relacionamentos pós-divórcio, famílias constituídas por mães e pais diversos são questionadas. O ministério feminino nas igrejas, ainda é motivo de grandes discussões e separações. E, em meio a tanta “crise”, há uma busca pelo "paraíso perdido", uma reedição de valores de época do reinado, numa formação hierárquica que não ajuda a perceber o "novo céu e nova terra". Não há receita bíblica e sim, relato de várias épocas, de variadas sociedades, que tentam trazer suas experiências cotidianas para o “entendimento de Deus”.
Pares homossexuais também dão forma a outros modelos familiares. Muitos repetem a receita de poder que existe no modelo patriarcal, quando uma das pessoas exerce maior poder que outra. Também relacionamentos homossexuais precisam ser “admoestados”,e cuidados pastoralmente. Com certeza podemos nos lembrar de Eclesiastes 7. 20-22: " Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e não peque. Pois tu sabes que muitas vezes tu mesmo tens amaldiçoado a outros." Mas, com certeza, relacionamentos homossexuais podem testemunhar vida em amor e gratidão na educação de filhos e filhas, no trabalho, na sociedade, na igreja.
Comunidade
Perceber a ação do Espírito Santo em nossos dias nos move a confessar que a revelação de Deus é diferente em vários momentos da história. Mas, confessamos um Deus de amor e misericórdia, que já foi percebido outrora como um Deus de ira e carnificina nas histórias de Moisés, Elias, Davi e tantos outros.
O entendimento de pecado varia conforme as experiências de cada personagem bíblico. Ananias pecou por ter enganado a comunidade. Safira pecou por ter sido conivente com o marido. O perdão possibilitou a Zaqueu uma mudança de vida diante do povo inteiro, à mulher hemorrágica foi possível uma inserção na sociedade, a mulher samaritana falou “face a face” com Jesus, mostrando sua dignidade antes mesmo de perceber “nova vida”. São histórias de sustentação social, muito diferente do que limitar-se à discussão pecado X não-pecado; aceito X não-aceito; homossexual X heterossexual. O anúncio do Evangelho ao eunuco (Atos 8.38-39), o posterior Batismo, atesta outro tipo de “adesão”, não condicionada à vida sexual ou até assexual da pessoa.
Quando a vida é transformada pelo poder de Deus, não há só mudança na ética (obras) – e isso independe da sexualidade. As pessoas são “resgatadas” pelo poder de Deus. Tem vida em comunhão, já renovada aqui e agora – e isso independe de seu gênero ou sua orientação sexual. Se pessoas têm “vida sexual ativa”, mesmo assim, e sempre, serão meus irmãos e irmãs, mesmo que não produzam filhos e filhas, ou que os tenham durante a adolescência, ou que sofram relações de violência. Pessoas homossexuais foram batizadas na mesma fé, são chamadas de filhos e filhas de Deus. Não precisam seguir uma organização religiosa de gueto. São da Igreja. E dela necessitam para que a comunhão seja experimentada, e, por serem chamadas por Deus, dão Seu testemunho ao mundo.
Em outras religiões, diz-se que a comunhão acontece quando outras “entidades” tomam conta dos corpos e das vidas das pessoas. Também comportamentos homossexuais são aceitos em momentos determinados, de formas determinadas. Enquanto isso, nós, pessoas cristãs, falamos de comunhão plena, de pessoas em sua totalidade, que respondem à vida por causa da comunhão com Deus, carentes do perdão diário, falamos da resposta ao Deus único, infinito e pessoal. Pela comunhão, Deus pode se revelar na crise de fé de alguma pessoa homossexual, que a si mesma não se aceita, não se entende. Temos histórias e vivências de gente que, sem poder contar com a comunhão, cai no desespero e atenta contra a própria vida. Temos histórias de famílias envergonhadas, ou que reagem de forma violenta, baseada em orientações pretensamente evangélicas. É a falha total da “comunidade”, que se torna “pedra de tropeço” na aceitação plena de irmãos e irmãs.
É “pedra de tropeço” para pessoas que, eventualmente, queiram viver de forma familiar reconhecida pela comunidade. Vamos semeando “poréns” e “acasos” e tornamos a vontade de Deus inacessível a quem tenta buscar na comunidade comunhão, testemunho e serviço. Esquecemos de proclamar o amor de Deus, e vamos buscando, nas metáforas das palavras politicamente corretas, símbolos e sinais que possam dizer o que é certo e errado, o que é aceito e não aceito no nosso meio Evangélico. Esquecemos de ser a mão de Deus que segura irmãos e irmãs que sofrem com sua orientação sexual, que não foi escolhida nem desenvolvida. Foi assim que Deus os fez, foi assim que Deus as fez – e viu que tudo o que havia feito era muito bom.
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2 comentários:
Ótimo texto!
não avanço na Doxologia, por incompetente, quase incapaz.
eu pisaria em ovos, fosse analisar sociológicamente.
por cidadania, defendo irremediavelmente o direito à expressão (honesta e verossímel).
situado na realidade, a homofobia é uma doença que faz parte de uma sociedade doente.
e é preciso superar, equilibrar e respeitar para que possamos construir relações pessoais, sociais e amistosas que apontem para um mundo melhor, que é possível!
não se assustem. mas atualmente o mote é: Socialismo ou Barbárie.
Não só a Noruega aponta. Iraq, Sudão, trabalho escravo no Brasil ... apontam para isso.
E tu vai ficar observando o índice da Bolsa de Valores de NYC, Frankfurt ou Bei-JHing???
azar, eu sou telegráfico
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