sábado, 26 de dezembro de 2009




A convivência entre gerações me deixa curiosa. Penso frequentemente em "quem sobrevive a isso"? Valores, métodos, vínculos são diferentes. Cansam a uma e outra parte.
Numa cena quase cinematográfica, percebo minha filha lendo à escrivaninha, e minha mãe mexendo em um canteiro do quintal. Separadas por uma grade, iluminadas pelo mesmo sol, agraciadas pelo mesmo vento. Cada uma com seu ofício, uma virada para um lado e outra para o outro.
Mesmo assim, e de um jeito bonito, a cena se alojou na fotografia. E a convivência, cheia de intempéries, se revela assim: clara!
Nada de vínculos obrigatórios. O vínculo maior está no exercício do convívio, da graça da Vida.

Um comentário:

elektrofossile disse...

Enorme, tudo isso.
Mas - e eu - pequenino aqui.
talvez
ali!

e nada