segunda-feira, 6 de agosto de 2012

grata...



Há muito tempo tento dizer, em vez do tradicional "obrigada", uma alternativa. Então escrevo "grata", ou tento ser original a cada vez.

Percebo agora que esse jeito de agradecer é, também, uma confissão de fé. Se a gente acredita que vai desenvolvendo, crescendo, melhorando... então a obrigação se faz presente. Como as provas que minha filha e meu filho experimentam na escola. São obrigados.

Mas a tal graça insiste em ser diferente.
Agradecer é a percepção de que a gente foi contemplada com algo a mais... como presente inesperado.

Agradecer implica em olhar o que está acontecendo, em perceber o que passou. Por isso se agradece o que recebeu. Sem precisar desenvolver nada com isso, sem precisar melhorar, ou crescer.

Agradecer, dar graça é como "ponto de chegada". Tipo "até aqui nos trouxe Deus".
Bem diferente do que dizer que ainda é necessário - obrigatório - correr pra vida!

Lembrei de momentos de celebração luteranos: enfeita-se porque se quer agra-dar. É jeito de se dar graças.

Afinal, Vida já é presente. Graças a Deus!


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